Kenya de Carvalho Neiva

quinta-feira, 8 de setembro de 2011


O LENHADOR E A RAPOSA

Um lenhador acordava todos os dias às 6 horas da manhã e trabalhava o dia inteiro cortando lenha, só parando tarde da noite. Ele tinha um filho lindo de poucos meses e uma raposa, sua amiga, tratada como bichano de estimação e de sua total confiança. Todos os dias, o lenhador — que era viúvo — ia trabalhar e deixava a raposa cuidando do bebê. Ao anoitecer, a raposa ficava feliz com a sua chegada.

Sistematicamente, os vizinhos do lenhador alertavam que a raposa era um animal selvagem, e, portanto, não era confiável. Quando sentisse fome comeria a criança. O lenhador dizia que isso era uma grande bobagem, pois a raposa era sua amiga e jamais faria isso. Os vizinhos insistiam: Lenhador, abra os olhos! A raposa vai comer seu filho. Quando ela sentir fome vai devorar seu filho!

Um dia, o lenhador, exausto do trabalho e cansado desses comentários, chegou à casa e viu a raposa sorrindo como sempre, com a boca totalmente ensangüentada. O lenhador suou frio e, sem pensar duas vezes, deu uma machadada na cabeça da raposa. A raposinha morreu instantaneamente.

Desesperado, entrou correndo no quarto. Encontrou seu filho no berço, dormindo tranqüilamente, e, ao lado do berço, uma enorme cobra morta.


AS SETE MARAVILHAS DO MUNDO

Um grupo de estudantes estudava as sete maravilhas do mundo. No final da aula, lhes foi pedido que fizessem uma lista do que consideravam as sete maravilhas. Embora houvesse algum desacordo, prevaleceram os votos:

1) O Taj Mahal
2) A Muralha da China
3) O Canal do Panamá
4) As Pirâmides do Egito
5) O Grand Canyon
6) O Empire State Building
7) A Basílica de São Pedro

Ao recolher os votos, o professor notou uma estudante muito quieta. A menina ainda não tinha virado sua folha. O professor, então, perguntou à ela se tinha problemas com sua lista.

Meio encabulada, a menina respondeu: — Sim, um pouco. Eu não consigo fazer a lista, porque são muitas as maravilhas.

O professor disse: — Bem, diga-nos o que você já tem e talvez nós possamos ajudá-la.

A menina hesitou um pouco, então leu: — Eu penso que as sete maravilhas do mundo sejam:

1 — VER
2 — OUVIR
3 — TOCAR
4 — PROVAR
5 — SENTIR
6 — PENSAR
7 — COMPREENDER

Porque a pessoas sofrem?

Vó, por que as pessoas sofrem?
— Como é, minha neta?
— Por que as pessoas grandes vivem bravas, irritadas, sempre preocupadas com alguma coisa?
— Bem, minha filha, muitas vezes porque elas foram ensinadas a viver assim.
—Vó...
—Oi...
— Como é que as pessoas podem ser ensinadas a viver mal? Não consigo entender. Na minha escola a professora só me ensina coisas boas.
— É que elas não percebem que foram convencidas a ser infelizes, e não conseguem mudar o que as torna assim. Você não está entendendo, não é, meu amor?
—Não, Vovó.
— Você lembra da estorinha do Patinho Feio?
— Lembro.
— Então... o Patinho se considerava feio porque era diferente. Isso o deixava muito infeliz e perturbado. Tão infeliz, que um dia resolveu ir embora e viver sozinho. Só que o lago que ele procurou para nadar havia congelado e estava muito frio. Quando ele olhou para o seu reflexo no lago, percebeu que ele era, na verdade, um maravilhoso cisne. E, assim, se juntou aos seus iguais e viveu feliz para sempre.
— O que isso tem a ver com a tristeza das pessoas?
— Bem, quando nascemos, somos separados de nossa Natureza-cisne. Ficamos, como patinhos, tentando aceitar o que os outros dizem que está certo. Então, passamos muito tempo tentando virar patos.
— É por isso que as pessoas grandes estão sempre irritadas?
— É por isso! Viu como você é esperta?
— Então, é só a gente perceber que é cisne que tudo dará certo?
— Na verdade, minha filha, encontrar o nosso verdadeiro espelho não é tão fácil assim. Você lembra o que o cisnezinho precisava fazer para poder se enxergar?
—O que?
— Ele primeiro precisou parar de tentar ser um pato. Isso significa parar de tentar ser quem a gente não é. Depois, ele aceitou ficar um tempo sozinho para se encontrar.
— Por isso ele passou muito frio, não é, vovó?
— Passou frio, fome e ficou sozinho no inverno.
— É por isso que o papai anda tão sozinho e bravo?
— Não entendi, minha filha?
— Meu pai está sempre bravo, sempre quieto com a música e a televisão dele. Outro dia ele estava chorando no banheiro...
— Vó, o papai é um cisne que pensa que é um pato?
— Todos nós somos, querida. Em parte.
— Ele vai descobrir quem ele é de verdade?
— Vai, minha filha, vai. Mas, quando estamos no inverno, não podemos desistir, nem esperar que o espelho venha até nós. Temos que exercer a humildade e procurar ajuda até encontrarmos.
— E aí viramos cisnes?
— Nós já somos cisnes. Apenas temos que deixar que o cisne venha para fora e tenha espaço para viver e para se manifestar.
— Aonde você vai?
— Vou contar para o papai o cisne bonito que ele é!
A boa vovó apenas sorriu!


Um monge e seus discípulos iam por uma estrada e, quando passavam por uma ponte, viram um escorpião sendo arrastado pelas águas. O monge correu pela margem do rio, meteu-se na água e tomou o bichinho na mão. Quando o trazia para fora do rio o escorpião o picou. Devido à dor, o monje deixou-o cair novamente no rio. Foi então à margem, pegou um ramo de árvore, voltou outra vez a correr pela margem, entrou no rio, resgatou o escorpião e o salvou. Em seguida, juntou-se aos seus discípulos na estrada. Eles haviam assistido à cena e o receberam perplexos e penalizados.

Mestre, o Senhor deve estar muito doente! Por que foi salvar esse bicho ruim e venenoso? Que se afogasse! Seria um a menos! Veja como ele respondeu à sua ajuda: picou a mão que o salvava! Não merecia sua compaixão!

O monge ouviu tranqüilamente os comentários e respondeu: Ele agiu conforme sua natureza e eu de acordo com a minha.

A VERDADE E A PARÁBOLA - (CONTO JUDAICO)



Um dia, a Verdade decidiu visitar os homens, sem roupas e sem adornos, tão nua como seu próprio nome.

E todos que a viam lhe viravam as costas de vergonha ou de medo, e ninguém lhe dava as boas-vindas.

Assim, a Verdade percorria os confins da Terra, criticada, rejeitada e desprezada.

Uma tarde, muito desconsolada e triste, encontrou a Parábola, que passeava alegremente, trajando um belo vestido e muito elegante.

Verdade, por que você está tão abatida? — perguntou a Parábola.

Porque devo ser muito feia e antipática, já que os homens me evitam tanto!— respondeu a amargurada Verdade.

Que disparate! — Sorriu a Parábola. — Não é por isso que os homens evitam você. Tome. Vista algumas das minhas roupas e veja o que acontece.

Então, a Verdade pôs algumas das lindas vestes da Parábola, e, de repente, por toda parte onde passava era bem-vinda e festejada.

*


Os seres humanos não gostam de encarar a Verdade sem adornos. Eles preferem-na disfarçada.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Inferninho :O

É assim sempre ... e eu não tomo vergonha nessa puta da minha cara...

Quinta feira na Gama Filho. Putz... o funk comendo solto e o inferninho bombando... só pra se ter uma idéia, digite "Inferninho UGF" no Youtube e veja quantas ocorrências aparecem... e o que é pior - me diga qual dessas se aproxima de algo de Deus... pois é...
Fim da aula e estou apertando os passos pra sair do prédio SD ... sempre tem aqueles "espíritos sem luz" que querem te arrastar pra uma noitada... e eu só querendo ir pra campo grande e beber a minha cerveja gelada com o pessoal do bloco "Amigos da Esquina"...
Tudo bem, não serei hipócrita: Tenho alguns grandes amigos aqui na faculdade... e como cerveja é quase que o meu sobrenome (pois o meu 1º nome é inferninho!), mandei pra eles de maneira direta:

"Quatro cervejas com vocês! Nem uma a mais que isso!!! Não irei falar que vou beber uma só porque eu sei que é mentira... então serão quatro! Depois disso eu vou 'correr'"

Pra que que eu fui fazer isso... se arrependimento matasse, daqui a 4 dias teria que ter missa pelo meu sétimo...
Aquilo estava o caos! Pelo balcão, você olhava e dava medo de entrar... não tinha ninguém - absolutamente ninguém - sóbrio!!! Todos(as) muito, mas muito bêbados(as)!!!
Só pra elucidar, eu ali estava parecendo o arcanjo Gabriel, perdão pela "blasfêmia"...
Mas até do apocalipse você tira umas histórias engraçadas... lá pela 8º cerveja (não seriam quatro nunca... eu não aprendo... rs,rs,rs...), ao abrir 3 botões da minha camisa (o calor estava demais... e estamos no inverno!!! É mole? Daí o nome do lugar... rs,rs,rs...), um menino se virou e mandou pra mim, "na lata":

"Não faz isso não, delícia... aí eu não aguento... e não respondo por mim"

Confesso que fiquei um tanto perplexa... afinal, a forma rotunda do meu abdômen, muito se assemelha a de uma mulher em seu 8º ou 9º mês de gestação!
Diante disso eu até brinquei, e disse sorrindo:

"Só porque eu não tenho barriga de 'tanquinho', também não precisa zoar, né..."

E pra me deixar abobalhada de vez, ele não pestanejou:

"Que zoar, colega!??! Que zoar o que... eu CAIO DE BOCA mermo!"(sic)

Nisso eu arregalei os olhos... e ele setenciou:

"Já beijei na boca de mulheres horrendas estando sóbria... você até que é gatinha, é até delicinha... imagina o que eu não faço com você estando chapado!"

E gargalhadas dos 2 outros colegas que estavam com ele...
Detalhe:
Tinha no máximo 21 anos. No máximo, estourando... não mais que isso... e até que era gatinho! Ou melhor - desde já me atualizando com o linguajar - até era "delicinha" (???!!).

Completamente estarrecida com o mundo, e com o "menino delicinha"

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Não precisa mudar para ser feliz;

Numa atividade em sala de aula a professora pergunta:

Professora: Qual personagem de conto de fadas vocês querem ser?
Aluna1: A Branca de Neve.

Professora: Por que?
Aluna1: Ela é linda, e tem um príncipe que à ama, com cavalos, castelos, e ela tem um final feliz.

Professora: E você?
Aluna2: Eu quero ser a Rapunzel. Porque ela é linda, e tem um principe que lutou por ela. E ela mora em um castelo gigante, o mais bonito de todos!
Professora: (virando-se para uma menina especial) E você Marina, qual você quer ser?

Marina: Eu quero ser a princesa Fiona, do Shrek.
Professora: Mas por que? Você não quer ser a Cinderela, ou outra mais bonita?
Marina: Eu quero ser a princesa Fiona, do Shrek.

Professora: Mas por que? Você não quer ser a Cinderela, ou outra mais bonita?

Marina: Não. A Fiona é a mais bonita. Ela se aceita como ela é, diferente de todos como eu, pra viver com quem ela realmente ama e que também ama ela de verdade. Ela tem um burro que fala, isso não é mais legal do que cavalos tia? Veja só, ela é feliz e não precisa de castelos nem de um homem bonito por fora. Eu queria um Shrek pra mim. Queria que alguém me aceitasse por quem eu sou. E ele me ensinou que eu não preciso ser perfeita pra ter um final feliz.